A proibição de celulares nas escolas brasileiras já mostra efeitos positivos entre crianças e adolescentes, mas o desafio do uso excessivo de telas persiste em casa. Jonathan Haidt, psicólogo social e autor do best-seller “A Geração Ansiosa”, destacou em visita ao Brasil a importância de adiar o acesso às redes sociais até os 16 anos. Ele argumenta que, após ganharem um smartphone, os jovens tendem a esconder suas atividades dos pais, criando conflitos familiares.
Haidt também enfatizou a necessidade de evitar telas nos quartos durante a noite, momento em que ocorrem muitos casos de assédio online. O especialista, que é pai de dois adolescentes, reconhece as dificuldades práticas de impor essas regras, mas insiste na importância de estabelecer limites. Sua experiência pessoal mostra que, mesmo com resistência, é possível manter hábitos mais saudáveis, como sua filha de 15 anos, que ainda não tem redes sociais.
O psicólogo traz esperança ao afirmar que a abstinência de telas pode reverter quadros de ansiedade e outros transtornos em poucas semanas. Ele destaca que a recuperação da atenção e do equilíbrio emocional é possível quando há mudança de hábitos, não apenas em casos extremos. A mensagem central é clara: reduzir a exposição às telas é essencial para uma adolescência mais saudável e harmoniosa.