A idealização excessiva e a crítica constante são dois extremos que podem indicar desequilíbrio de poder nos estágios iniciais de um relacionamento, segundo análise publicada pela Forbes. O primeiro cenário, em que um parceiro coloca o outro em um pedestal, pode gerar ansiedade e falta de autenticidade, já que a pessoa idealizada pode se sentir pressionada a manter uma imagem irreal. Estudos mostram que essa dinâmica reduz a satisfação a longo prazo, pois a verdadeira intimidade requer aceitação das imperfeições. Além disso, elogios exagerados podem ser uma tática de manipulação para acelerar a intimidade, dificultando a identificação de red flags.
Já a crítica destrutiva, marcada por comentários que diminuem ou rejeitam o outro, desgasta a autoestima e cria uma sensação de inadequação. Diferente do feedback construtivo, esse comportamento ataca o caráter da pessoa e pode ser um sinal de traços narcisistas ou inseguranças não resolvidas. O psicólogo John Gottman classifica a crítica e o desprezo como parte dos “quatro cavaleiros do apocalipse dos relacionamentos”, comportamentos que elevam o risco de separação. Estabelecer limites claros e refletir sobre a segurança emocional no relacionamento é essencial para evitar danos psicológicos.
Relacionamentos saudáveis dependem de equilíbrio, respeito mútuo e espaço para vulnerabilidade. Seja pela idealização ou pela crítica constante, quando uma pessoa não enxerga a outra com clareza, a conexão genuína fica comprometida. A pergunta-chave é: “Posso ser autêntico sem medo?” Se a resposta for negativa, pode ser hora de reconsiderar a dinâmica da relação. O texto reforça que merecemos parceiros que nos valorizem sem exigir perfeição ou nos diminuir.