O Dia do Trabalhador, celebrado em 1º de maio de 2025, foi marcado por manifestações em várias cidades brasileiras contra a escala 6×1, que prevê seis dias de trabalho para um de descanso. Articulados por organizações populares, sindicatos e partidos políticos, os atos também reforçaram a pauta histórica pela redução da jornada semanal de 44 para 36 horas. Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê essas mudanças foi protocolada na Câmara dos Deputados, mas ainda aguarda tramitação.
O debate ganhou força após mobilizações nas redes sociais e greves em setores como supermercados e fábricas. Militantes e representantes políticos argumentam que a escala 6×1 prejudica principalmente mulheres e trabalhadores negros, que ainda acumulam tarefas domésticas. A influenciadora digital Andressah Catty, presente nos protestos, destacou a necessidade de combater desinformação, como a ideia de que a mudança afetaria pequenos negócios, quando o foco são grandes empresas.
No Congresso, além da PEC recente, outras duas propostas tramitam para reduzir a jornada de trabalho, incluindo uma do Senado que prevê diminuição gradual. O presidente Lula defendeu a discussão ampla sobre o tema, enfatizando a busca por equilíbrio entre vida profissional e bem-estar. Enquanto isso, movimentos pressionam por avanços ainda em 2025, evitando que a pauta seja adiada para o próximo ano eleitoral.