O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) criticou a suspensão de compras de produtos avícolas brasileiros por parte de mercados como Europa e México, classificando a medida como protecionista e hipócrita. Ele argumentou que esses países já registram casos de influenza aviária em seus territórios, enquanto o Brasil, graças aos rígidos protocolos de biossegurança, está próximo de declarar o fim do surto em granjas comerciais. Apesar das barreiras, o impacto nas exportações tem sido pontual, com grandes compradores como Emirados Árabes Unidos e Japão mantendo suas importações.
O executivo destacou a eficácia das ações do Ministério da Agricultura e dos produtores para conter o surto no Rio Grande do Sul, limitando-o a uma única granja. Ele também enfatizou a importância da regionalização, apoiada pela Organização Mundial de Sanidade Animal (OMSA), para garantir a estabilidade do setor. No entanto, ressaltou que a resistência de alguns parceiros comerciais em adotar esse acordo contrasta com o reconhecimento internacional do Brasil no controle sanitário.
Para enfrentar futuras crises, foi proposta a criação de um fundo nacional de defesa sanitária, inspirado em modelos estaduais como o do Rio Grande do Sul. O objetivo é harmonizar as respostas em todo o país, garantindo agilidade na prevenção de doenças e na manutenção das exportações. Apesar dos desafios, o Brasil reforça sua reputação como líder global no mercado de frangos, responsável por 39% das exportações mundiais, demonstrando transparência e eficiência em suas ações sanitárias.