A proposta orçamentária do governo dos EUA para 2026 prevê cortes significativos no programa lunar da Nasa, reduzindo em US$ 6 bilhões os recursos da agência até 2026. O plano elimina gradualmente o Sistema de Lançamento Espacial (SLS) e a cápsula Orion, considerados excessivamente caros e atrasados, após três missões do programa Artemis. Quase todas as áreas da Nasa enfrentam reduções, exceto o portfólio de exploração humana, que receberia um aumento de US$ 1 bilhão para focar em missões a Marte.
O projeto Artemis, criado para levar humanos de volta à Lua antes da China, seria revisado, priorizando a visão de colonização de Marte. A proposta critica os custos do SLS, que ultrapassaram em 140% o orçamento inicial, chegando a US$ 23 bilhões desde 2010. Em contrapartida, o orçamento incentivaria sistemas comerciais mais econômicos para substituir os voos lunares, apoiando missões futuras mais ambiciosas.
A mudança afeta não apenas a Nasa, mas também aliados internacionais, como a Agência Espacial Europeia, o Canadá e o Japão, que participam de programas científicos cancelados. Críticos veem os cortes, incluindo uma redução de 47% no orçamento científico, como um retrocesso para os esforços espaciais dos EUA. Enquanto isso, a ênfase em Marte alinha-se aos investimentos de empresas privadas, como a SpaceX, que planeja pousar astronautas na Lua até 2027.