Um projeto de lei em Minas Gerais pretende proibir tentativas de atendimento médico a bonecos reborn em serviços públicos de saúde. A proposta, apresentada por um deputado estadual, surge após um caso em que uma mulher buscou atendimento para um bebê reborn em um posto de saúde. O texto prevê multas de até dez vezes o valor do atendimento simulado, argumentando que tais situações podem sobrecarregar o sistema e atrasar o cuidado de pacientes reais.
O uso desses bonecos ultrarrealistas, que imitam recém-nascidos, tem gerado debates no Brasil. Enquanto alguns defendem seu papel terapêutico para adultos com vínculos emocionais, outros criticam o possível desperdício de recursos públicos. No Rio de Janeiro, por exemplo, já foi aprovado o “Dia da Cegonha Reborn”, e há propostas para oferecer apoio psicológico a quem desenvolve laços afetivos com os bonecos.
A discussão também chegou ao meio jurídico, com advogados analisando pedidos incomuns, como pensão alimentícia ou auxílio financeiro para cuidar dos simulacros. Especialistas reforçam a distinção entre objetos e seres vivos, destacando que, apesar do valor emocional, bonecos reborn não podem ser equiparados a crianças ou pets.