O presidente da Câmara dos Deputados sugeriu que a tributação de bancos e empresas pode ser uma alternativa para compensar a ampliação da isenção do Imposto de Renda. Durante entrevista, ele destacou que a discussão, ainda não oficial, deve avançar na comissão especial que será instalada nesta terça-feira. A proposta visa equilibrar a renúncia fiscal sem sobrecarregar apenas contribuintes de alta renda, como previsto inicialmente pelo governo federal.
O relator do projeto avalia incluir a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) como mecanismo de compensação. Essa medida busca garantir neutralidade fiscal à reforma, que deve ser votada pelo Congresso Nacional até o fim do ano. A abordagem reflete negociações em curso para distribuir o ônus tributário de forma mais ampla, envolvendo setores com maior capacidade contributiva.
A comissão especial terá a tarefa de formalizar as discussões e buscar consenso sobre as fontes de receita para compensar a perda arrecadatória. Enquanto isso, a proposta de tributar rendas acima de R$ 600 mil anuais segue em pauta, mas com possíveis ajustes para incluir outros agentes econômicos no debate.