O anúncio de uma possível tarifa de 100% sobre filmes produzidos fora dos EUA provocou reações na indústria cinematográfica global. A medida, ainda sem detalhes concretos, visa incentivar a produção doméstica, mas levanta dúvidas sobre seu impacto em coproduções e filmes de estúdios americanos rodados no exterior. Enquanto alguns defendem a proteção da indústria local, outros alertam para os riscos de retaliações e prejuízos econômicos, especialmente em países como Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia, que dependem de investimentos cinematográficos internacionais.
O setor enfrenta desafios desde a pandemia, com quedas nos orçamentos de produção e greves recentes, mas mostra sinais de recuperação em 2025. A proposta, no entanto, pode afetar franquias consolidadas, como James Bond e Missão Impossível, além de filmes distribuídos por grandes estúdios americanos, mas filmados no exterior. A falta de clareza sobre como as tarifas seriam aplicadas — se a conteúdos digitais, streaming ou apenas bilheterias — aumenta a incerteza.
Especialistas questionam a viabilidade da medida, destacando possíveis conflitos com acordos internacionais e o risco de prejudicar tanto a indústria americana quanto a global. Enquanto governos de outros países se mobilizam para defender seus mercados, a discussão revela a complexidade de equilibrar protecionismo e colaboração em uma indústria cada vez mais globalizada. O desfecho dependerá de negociações e detalhes ainda não divulgados.