Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da escala 6×1 e a adoção de uma jornada semanal de 36 horas, distribuída em quatro dias de trabalho e três de descanso, ainda enfrenta resistência no Congresso. A proposta, apresentada há dois meses, aguarda despacho do presidente da Câmara para iniciar sua tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Parlamentares demonstram ceticismo quanto à aprovação do texto atual, indicando que mudanças podem ser necessárias para reduzir oposições.
O presidente da Câmara destacou a importância de um debate institucional sobre o tema, mas alertou contra a criação de expectativas irreais. Enquanto isso, a autora da proposta tem mobilizado apoio por meio de manifestações em diversas cidades, defendendo uma jornada de trabalho mais digna. O movimento ganhou força no Dia do Trabalhador, com atos organizados em pelo menos 12 cidades brasileiras.
Apesar do entusiasmo de grupos ligados à causa, a tramitação da PEC ainda é incerta. Parlamentares aliados reconhecem que ajustes no texto serão necessários para avançar na discussão. O debate reflete a tensão entre as demandas por melhores condições trabalhistas e a viabilidade política e econômica da proposta.