O senador Paulo Paim (PT-RS) se manifestou contra a proposta de congelar o reajuste do salário mínimo por seis anos, defendida por alguns economistas como medida de controle fiscal. A ideia prevê que os futuros ajustes do piso nacional não ultrapassem a inflação, o que, segundo o parlamentar, prejudicaria cerca de 60 milhões de brasileiros. Paim argumentou que a política atual de valorização do mínimo, que considera não só a inflação, mas também o crescimento do PIB, é essencial para garantir ganhos reais aos trabalhadores e aposentados, além de reduzir desigualdades.
O senador destacou que o salário mínimo funciona como um “farol” até para trabalhadores informais, que usam o valor como referência para suas remunerações. Ele também enfatizou o papel do piso na movimentação da economia, especialmente em pequenos municípios, onde grande parte da população depende desse recurso para consumo básico. Segundo Paim, 80% dos aposentados e pensionistas recebem o valor mínimo, o que sustenta o comércio local e a arrecadação das prefeituras.
A proposta de congelamento, portanto, é vista como uma ameaça não apenas à renda individual, mas também à dinâmica econômica de comunidades menores. Paim reforçou que o salário mínimo estimula empregos e movimenta negócios de diversos portes, desde mercados até padarias, sendo um motor para a revitalização das economias municipais. O debate reflete a tensão entre medidas de austeridade fiscal e políticas sociais, com impactos diretos na vida da população mais vulnerável.