A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou um projeto de lei que institui o Dia da Cegonha Reborn, data dedicada a reconhecer o trabalho das artesãs que produzem bonecas reborn, conhecidas por seu hiper-realismo. A proposta, que aguarda sanção do prefeito Eduardo Paes, destaca o papel dessas bonecas em momentos como luto perinatal e terapia psicológica, além de seu uso por colecionadores. O texto enfatiza que as peças têm ajudado pessoas a lidar com traumas, embora seu uso por adultos em espaços públicos tenha gerado polêmicas nas redes sociais.
O projeto surge em meio a debates nacionais sobre a regulamentação do uso de bonecas reborn, com outros projetos de lei buscando coibir possíveis abusos, como tentativas de obter benefícios públicos indevidos. Apesar de relatos nas redes sobre adultos tratando as bonecas como bebês reais, não há confirmação oficial dessas situações. Especialistas ressaltam que o hobby pode trazer benefícios à saúde mental, como estimulo criativo e interação social, desde que não interfira na percepção da realidade.
Enquanto o prefeito tem até 3 de junho para decidir sobre a sanção, a discussão reflete a crescente popularidade das bonecas reborn, que movimentam um nicho de mercado. A maioria das vendas ainda é destinada a crianças, mas o interesse de adultos tem aumentado, alimentando tanto a demanda por reconhecimento artístico quanto as controvérsias sobre seus limites. O tema continua a dividir opiniões, equilibrando-se entre terapia, arte e questionamentos éticos.