O senador Lindsey Graham sinalizou que o Senado dos EUA deve avançar na próxima semana com um projeto de lei que impõe novas sanções à Rússia, incluindo tarifas de 500% sobre importações de países que compram petróleo e urânio russos. A medida, que já conta com apoio bipartidário de 81 senadores, busca pressionar o governo russo a cumprir um cessar-fogo na Ucrânia. Graham afirmou acreditar que a postura do presidente Trump está “evoluindo”, embora o líder americano tenha evitado comentar publicamente sobre as sanções, mantendo sua estratégia de negociação.
A proposta enfrenta resistência dentro da administração, onde há ceticismo sobre a eficácia de novas sanções após as medidas anteriores não terem encerrado o conflito. Enquanto isso, diplomatas ucranianos ainda avaliam se participarão de uma nova rodada de negociações proposta por Moscou. O projeto também representa um desafio para Trump, que até agora usou a ameaça de sanções como alavanca nas negociações, mas pode ver seu controle sobre a política externa enfraquecer se o Congresso aprovar a medida sem seu aval.
Especialistas destacam que o projeto dificultaria a reversão das sanções caso a Rússia viole acordos ou reinicie hostilidades, dando mais poder ao Congresso nessa frente. Enquanto Graham e outros legisladores buscam apoio entre aliados europeus para ampliar a pressão econômica, a demora na decisão de Trump pode minar a credibilidade da ameaça. Caso o presidente vete a proposta após ampla aprovação no Congresso, ele enfrentaria custos políticos significativos, segundo analistas.