O Doge (Departamento de Eficiência Governamental), projeto central do governo norte-americano para redução de despesas e aprimoramento administrativo, não conseguiu cumprir as metas de cortes orçamentários prometidos após seis meses de operação. A proposta inicial, anunciada em outubro de 2024 durante um evento de campanha, previa a diminuição de um terço do orçamento federal anual, equivalente a US$ 2 trilhões. No entanto, autoridades afirmam que o valor divulgado não havia sido acordado previamente, gerando divergências desde o início.
O site oficial do departamento afirma que US$ 170 bilhões foram economizados, mas levantamentos do Financial Times indicam que apenas US$ 31,8 bilhões estão diretamente ligados a contratos alterados. Parte das supostas economias inclui contratos já próximos do fim ou vencidos, além de cortes anteriores realizados na gestão passada. Há indícios de que os números tenham sido superestimados, sem evidências concretas de redução nas despesas públicas nos dados do Tesouro norte-americano.
O comando do projeto tem enfrentado desafios, com o afastamento gradual de uma de suas figuras centrais devido a pressões políticas e econômicas. A queda nas ações de uma empresa vinculada ao envolvido e a cobrança do Congresso contribuíram para a redução de sua participação. O Doge segue sob scrutiny, com questionamentos sobre a efetividade de suas ações e a transparência dos resultados apresentados.