A Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que concede reajustes salariais a servidores do governo federal e modifica regras de trabalho e progressão na carreira. O texto, que agora segue para análise do Senado, substitui uma medida provisória que perderia validade em junho. Os aumentos variam conforme a categoria, com percentuais que vão de 9% a 69% em dois anos, dependendo do cargo e da carreira. Servidores que não participaram das negociações terão reajustes de 9% em 2025 e 2026, com pagamentos retroativos a janeiro deste ano.
Funções de chefia e carreiras como diplomacia, auditoria e planejamento terão os maiores ajustes, chegando a 69% e 23%, respectivamente. Professores com doutorado em universidades federais terão aumento de 17%, com salários podendo alcançar R$ 26 mil em 2026. O projeto também cria dois novos tipos de cargos, um para nível superior e outro para ensino médio, além de introduzir avaliações de desempenho e cursos como requisitos para progressão na carreira a partir de 2025.
Durante a votação, parlamentares governistas destacaram o diálogo com os servidores, enquanto a oposição criticou os custos da proposta e mencionou questões relacionadas a benefícios do INSS. O governo se comprometeu a negociar com categorias excluídas do texto atual, com uma reunião marcada para o dia 28 com a ministra responsável. O projeto busca equilibrar demandas dos servidores com a sustentabilidade fiscal, mas ainda depende da aprovação do Senado para entrar em vigor.