O partido de extrema-direita Chega pode se consolidar como a segunda força política no parlamento português, segundo projeções de pesquisas boca de urna divulgadas após as eleições deste domingo (18). Os dados sugerem um empate técnico ou até uma vantagem do partido em relação ao Partido Socialista (PS), liderado pelo ex-primeiro ministro António Costa. A coligação de centro-direita Aliança Democrática (AD) aparece como a favorita para vencer o pleito, com margens confortáveis nas estimativas.
De acordo com a Universidade Católica Portuguesa, o Chega obteve entre 20% e 24% dos votos, enquanto o PS ficou com 21% a 26%. Já a sondagem da TVI/Portugal apontou uma disputa ainda mais acirrada, com o partido de extrema-direita variando entre 19,5% e 25,5%, contra 19,4% a 25,4% do PS. A AD, por sua vez, lidera com folga, registrando entre 29% e 35% das intenções de voto, dependendo da pesquisa.
Caso as projeções mais otimistas para o Chega se confirmem, o partido poderá ocupar até 70 cadeiras no parlamento, tornando-se a segunda maior bancada. A AD ficaria com 80 a 100 assentos, e o PS, com 50 a 70. O resultado reflete um possível realinhamento político em Portugal, com a ascensão de forças alternativas ao tradicional bipartidarismo.