A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) ajustou suas previsões para o complexo soja em 2025, mantendo estáveis as estimativas de volume de exportação, mas elevando a projeção de receita devido a preços mais altos. O faturamento com as exportações de grãos, farelo e óleo de soja foi estimado em US$ 54,4 bilhões, um aumento de 3% em relação à projeção anterior de abril. Apesar de uma leve redução no volume esperado de embarques (108,2 milhões de toneladas), a receita total deve superar os US$ 53,9 bilhões registrados em 2024.
A Abiove também revisou para cima a estimativa da safra brasileira de soja 2024/25, agora projetada em 169,7 milhões de toneladas, um incremento de 100 mil toneladas em relação ao relatório anterior. O ajuste reflete a combinação de preços mais altos para o grão e o óleo, compensando a pequena queda no volume exportado. O cenário sugere um ano favorável para o setor, mesmo com as incertezas globais que afetam o mercado de commodities.
O relatório destaca ainda o contexto internacional, incluindo a competição entre Brasil e Estados Unidos pelo mercado chinês, além de possíveis impactos de acordos comerciais entre grandes economias. Enquanto isso, a Argentina acelera sua colheita para evitar perdas climáticas, reforçando a dinâmica competitiva no setor. As projeções da Abiove reforçam a posição do Brasil como um dos principais players no mercado global de soja.
