Um ano após a declaração de emergência humanitária na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, houve avanços significativos. A operação conjunta contra o garimpo ilegal destruiu equipamentos criminosos avaliados em R$ 369 milhões e reduziu a atividade extrativa em 96,5%. As Forças Armadas agora utilizam drones com tecnologia térmica e laser para identificar acampamentos ocultos, embora o garimpo tenha migrado para áreas mais remotas da floresta, dificultando a fiscalização.
Na área da saúde, os casos de malária aumentaram 10% em 2024, mas as mortes caíram 42%. Postos de saúde que antes registravam mais de 100 internamentos agora atendem cerca de 13 pacientes, uma redução de aproximadamente 90%. Profissionais de saúde relatam melhorias, embora lembrem dos momentos críticos, quando a desnutrição e doenças sobrecarregavam as equipes. Um novo posto emergencial foi inaugurado na Aldeia de Minau, construído pelos próprios indígenas.
O relatório do Ministério da Saúde apontou 337 mortes em 2024, uma queda de 21% em relação a 2023, mas números similares aos de 2022. Equipes agora conseguem acessar áreas antes dominadas pelo garimpo, permitindo o registro de óbitos não contabilizados anteriormente. Apesar dos progressos, os desafios persistem, especialmente no combate ao garimpo ilegal e na assistência à saúde das comunidades.