O governo dos Estados Unidos anunciou um programa que oferece US$ 1.000 e assistência para viagem a imigrantes em situação irregular que optarem pela autodeportação. A quantia será paga individualmente, após a confirmação da volta ao país de origem, e os participantes serão retirados da lista de detenção. A medida, segundo autoridades, visa reduzir custos, já que o valor médio de uma deportação tradicional é cerca de 17 vezes maior. O programa já está em vigor, e o primeiro participante, um cidadão de Honduras, retornou ao seu país a partir de Chicago.
Especialistas têm visões divergentes sobre a iniciativa. Enquanto alguns defendem a combinação de fiscalização e incentivos como uma solução prática diante do alto número de imigrantes irregulares, outros questionam a viabilidade e os possíveis prejuízos jurídicos para quem desiste de contestar sua deportação. Além disso, há dúvidas sobre a origem dos recursos e a eficácia do programa em garantir que os participantes não tentem retornar aos EUA no futuro.
A proposta lembra modelos já adotados em países europeus, como o Reino Unido, onde imigrantes recebem auxílio financeiro mas ficam impedidos de voltar por cinco anos. O governo norte-americano afirma que a autodeportação é a opção “mais segura e econômica” para evitar prisões, mas a implementação prática do programa ainda precisa ser acompanhada de perto para avaliar seus resultados.