A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de condenação dos acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018 no Rio de Janeiro. Entre os mencionados estão um conselheiro do Tribunal de Contas do estado, um ex-deputado federal, um ex-chefe da Polícia Civil e dois policiais militares. O vice-procurador Hindenburgo Chateaubriand argumentou que as provas colhidas comprovam a participação dos acusados nos crimes de organização criminosa e homicídio, destacando que os fatos foram devidamente documentados e analisados em ações penais anteriores.
A delação premiada de um ex-policial apontou os supostos mandantes do crime, alegando que os acusados teriam participado desde o planejamento até a execução. Segundo a investigação da Polícia Federal, o crime estaria relacionado a divergências políticas envolvendo interesses fundiários em áreas controladas por milícias. Os acusados, no entanto, negaram qualquer participação nos depoimentos prestados durante o processo.
O caso está sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que deverá marcar a data do julgamento, possivelmente ainda este ano. O processo encontra-se em fase de alegações finais, última etapa antes da decisão judicial. As informações foram divulgadas pela Agência Brasil, reforçando a expectativa por uma conclusão após anos de investigações.