O procurador-geral da República, Paulo Gonet, foi alvo de críticas após solicitar a abertura de um inquérito para investigar a atuação de um deputado brasileiro nos Estados Unidos. O parlamentar, atualmente licenciado e residindo no exterior, é acusado de buscar apoio internacional contra autoridades brasileiras. O caso foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do pedido, e gerou reações acaloradas, com alegações de perseguição política e uso indevido do poder judiciário.
O deputado em questão afirmou que só retornará ao Brasil quando o ministro do Supremo Tribunal Federal for sancionado pelas autoridades americanas, citando riscos de prisão e a falta de garantias democráticas no país. Enquanto isso, a liderança do PT na Câmara anunciou que acionará o Conselho de Ética contra o parlamentar, pedindo até sua prisão preventiva, sob a alegação de que suas ações configuram uma agressão às instituições nacionais.
O procurador-geral defendeu o pedido de inquérito, argumentando que há indícios de intimidação contra agentes públicos e autoridades judiciais, incluindo ameaças de sanções internacionais. O caso ganhou repercussão após um senador americano mencionar a possibilidade de medidas punitivas contra membros do judiciário brasileiro, elevando as tensões entre os dois países. O debate continua, com acusações de excesso de autoridade e violação de princípios democráticos.