No Supremo Tribunal Federal (STF), o processo que investiga supostas irregularidades durante as eleições presidenciais segue em andamento, com testemunhas de defesa sendo ouvidas até 2 de junho. O foco das investigações é a alegação de que houve uma tentativa de concentrar agentes da Polícia Rodoviária Federal em um único estado, supostamente para dificultar o voto no Nordeste, região que tradicionalmente apoia o atual presidente. Testemunhas negaram qualquer orientação nesse sentido, alegando que o aumento da fiscalização se devia ao grande fluxo de ônibus rumo à região.
Durante os depoimentos, revelou-se que uma operação policial, posteriormente barrada pelo ministro Alexandre de Moraes, já estava em curso desde outubro. O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) afirmou que, no dia 7 de janeiro de 2023, havia informações sobre uma manifestação de grande porte marcada para o dia seguinte em Brasília. Apesar dos alertas enviados ao governo e ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) entre 2 e 8 de outubro, as autoridades não agiram de forma eficaz, conforme relatos.
O caso ganhou novos detalhes com a informação de que mais de 100 ônibus já haviam chegado a Brasília no dia 8 de janeiro, levantando questionamentos sobre a resposta das autoridades aos alertas recebidos. As investigações continuam, com expectativa de que novos depoimentos esclareçam os fatos. O processo tem repercutido nacionalmente, dada sua relação com eventos críticos recentes na política brasileira.