Os probióticos, microrganismos vivos presentes em alimentos fermentados, têm ganhado destaque na ciência e na alimentação devido aos seus múltiplos benefícios à saúde. Definidos pela FAO/OMS como organismos que, em quantidades adequadas, promovem efeitos positivos, eles fortalecem o sistema imunológico, melhoram a digestão e equilibram a flora intestinal. Alimentos como chucrute, iogurte e kefir são exemplos clássicos, ricos em bactérias benéficas que colonizam o intestino e estimulam a resposta imunológica, conforme explica a consultora em nutrição Yael Hasbani.
Além do impacto digestivo, pesquisas exploram a conexão intestino-cérebro, revelando como a microbiota intestinal pode influenciar o humor e reduzir ansiedade. A neurocientista Nicole Avena destaca que a dieta interfere no comportamento cerebral, com estudos observacionais apontando melhorias em aspectos mentais ligados ao consumo de probióticos. O iogurte, por exemplo, é uma fonte rica em cálcio biodisponível e vitaminas do complexo B, essenciais para o metabolismo energético e a saúde nervosa, como explica a nutricionista Milagros Sympson.
O kefir, originário do Cáucaso, também se destaca por sua capacidade de aumentar a diversidade bacteriana intestinal, reduzindo riscos de infecções e modulando a imunidade. Publicações científicas, como a da Frontiers in Microbiology, reforçam seu papel no fortalecimento das células T, cruciais para a defesa do organismo. Com evidências crescentes, a inclusão de alimentos fermentados na dieta surge como uma estratégia promissora para o equilíbrio imunológico, digestivo e mental.