O Brasil registrou os primeiros focos de gripe aviária em aves comerciais na última sexta-feira (16), em uma granja no Rio Grande do Sul. O surto, confirmado em Montenegro, resultou na morte de mais de 15 mil aves e levou o Ministério da Agricultura a decretar estado de emergência zoossanitária. Medidas restritivas foram implementadas em um raio de 10 km da propriedade, e toda a produção de ovos das últimas quatro semanas está sendo rastreada e descartada para conter a disseminação do vírus.
Especialistas afirmam que o consumo de ovos e carne de frango continua seguro, desde que os alimentos estejam bem cozidos. O vírus H5N1, causador da gripe aviária, não resiste a altas temperaturas, eliminando o risco de transmissão para humanos por meio da alimentação. O Ministério da Saúde reforça que não há registros de infecção em pessoas no Brasil e que casos globais geralmente ocorrem por contato direto com aves contaminadas, não pela ingestão de produtos avícolas.
O surto destacou a eficiência do sistema de vigilância sanitária brasileiro, que agiu rapidamente para isolar o foco e prevenir maiores impactos. A população foi orientada a manter os cuidados básicos, como evitar ovos crus ou malpassados e garantir que as carnes estejam totalmente cozidas. A situação, embora grave, não representa um risco para a segurança alimentar quando seguidas as recomendações adequadas.