O Ministério da Agricultura confirmou o primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil, localizada em Montenegro, no Rio Grande do Sul. A propriedade, que abrigava 17 mil aves matrizes, registrou alta mortalidade em dois pavilhões, levando ao sacrifício das aves restantes. Autoridades destacam que a granja seguia protocolos de biossegurança, mas a origem do vírus H5N1 ainda está sob investigação. Barreiras sanitárias foram instaladas em um raio de 10 km para conter a disseminação, com foco na inspeção de veículos e propriedades rurais.
O vírus H5N1, embora altamente letal para aves, apresenta baixo risco de transmissão para humanos, restrito a profissionais com contato direto com animais infectados. As autoridades reforçam que não há perigo no consumo de carne de frango ou ovos, já que a doença não é transmitida por esses produtos. O Brasil, último grande produtor mundial a registrar o vírus em granjas comerciais, mantém um sistema robusto de controle, que evitou a contaminação por dois anos após o primeiro caso em aves silvestres em 2023.
China, União Europeia e Argentina suspenderam temporariamente as importações de frango brasileiro, restringindo as compras ao Rio Grande do Sul ou ao município de Montenegro. O ministro da Agricultura afirmou que a normalização deve ocorrer em 28 a 60 dias, destacando a transparência do processo. Além da granja, aves aquáticas no zoológico de Sapucaia do Sul também foram contaminadas, resultando na morte de 90 animais e no isolamento de outras 500. O local está fechado para visitação indefinidamente.