As autoridades brasileiras confirmaram o primeiro caso de gripe aviária em uma granja comercial no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou que medidas de contenção foram adotadas para isolar o foco, mas o episódio levou à suspensão temporária das compras de frango brasileiro pela China, principal importador. Apesar disso, o mercado reagiu com relativa tranquilidade, avaliando que os impactos podem ser limitados e passageiros, desde que o problema seja contido adequadamente.
Analistas apontam que os protocolos comerciais flexibilizados nos últimos anos devem mitigar os efeitos negativos. O Goldman Sachs destacou que, embora haja riscos de queda nas exportações, uma interrupção mais ampla é pouco provável. Empresas como BRF e JBS, que têm diversificação geográfica, podem realocar produção, enquanto granjas menores podem enfrentar maiores desafios. A regionalização sanitária, prevista em acordos com vários países, também ajuda a reduzir os impactos comerciais.
O cenário ainda é incerto, e os efeitos dependerão da extensão do foco e da reação dos países importadores. Se restrito à microrregião, os prejuízos tendem a ser menores, mas uma interrupção prolongada no Rio Grande do Sul poderia afetar significativamente a oferta doméstica e global. Enquanto isso, o Ministério da Agricultura trabalha para restabelecer o status de zona livre da doença, e o mercado acompanha de perto os desdobramentos.