O Brasil confirmou o primeiro caso de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) em uma granja comercial em Montenegro, no Rio Grande do Sul. O Ministério da Agricultura comunicou o fato à Organização Mundial de Saúde Animal, e a notícia levou países como China e União Europeia a suspenderem temporariamente as importações de carne de frango brasileira. Embora acordos internacionais permitam restrições regionalizadas, essas nações optaram por embargar todo o território nacional, o que preocupa o setor, dado que o Brasil é o maior exportador mundial do produto.
Autoridades afirmam que não há risco para a saúde humana ao consumir carne de frango ou ovos devidamente cozidos, já que a transmissão ocorre apenas por contato direto com aves infectadas. No mercado interno, o governo garante que o abastecimento está estável, pois 75% da produção é destinada ao consumo doméstico. No entanto, o impacto nos preços ainda é incerto: enquanto um possível excesso de oferta pode reduzir valores, a insegurança pode levar produtores a cortar a produção, gerando efeito oposto.
O Ministério da Agricultura ativou o plano nacional de resposta, isolando a granja afetada e determinando o abate das aves infectadas. A vigilância sanitária foi intensificada, e o governo negocia com importadores para que futuros embargos sejam limitados ao Rio Grande do Sul, buscando preservar a credibilidade sanitária do país e minimizar danos ao comércio exterior.