O Brasil registrou seu primeiro caso de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em um matrizeiro de aves comerciais no Rio Grande do Sul, conforme anunciado pelo Ministério da Agricultura. Apesar do caso, o consumo de carne e ovos permanece seguro, já que a doença não é transmitida por esses produtos. China, União Europeia e Argentina suspenderam temporariamente as importações de frango brasileiro, seguindo protocolos de acordos comerciais, mesmo com o risco de infecção em humanos sendo considerado baixo e restrito a profissionais com contato intenso com aves infectadas.
A gripe aviária, causada por vírus como o H5N1, afeta principalmente aves, mas também já foi detectada em mamíferos. A transmissão para humanos ocorre principalmente por contato direto com animais ou ambientes contaminados, e os sintomas variam de leves a graves. Medicamentos antivirais são recomendados para casos severos, mas a taxa de mortalidade histórica em humanos é alta, ultrapassando 50%. A OMS monitora a evolução do vírus e mantém vacinas em potencial prontas para produção, caso necessário, embora as vacinas sazonais não ofereçam proteção contra a gripe aviária.
Para evitar riscos, a OMS recomenda o cozimento adequado de carnes e ovos, além do consumo apenas de laticínios pasteurizados. Produtores devem reforçar a biossegurança em suas instalações, evitando contato entre aves domésticas e selvagens. A vigilância animal e a detecção precoce são essenciais para conter surtos e mitigar riscos à saúde pública, já que o vírus pode sofrer mutações que facilitem a transmissão entre humanos. Gatos também são suscetíveis à infecção, mas o risco de transmissão para humanos por meio deles é considerado baixo.