O presidente dos Estados Unidos criticou a Universidade de Harvard por não divulgar informações detalhadas sobre seus estudantes estrangeiros. Em uma publicação nas redes sociais, ele afirmou que quase 31% dos alunos são de outros países, incluindo nações consideradas pouco amigáveis aos EUA, e questionou por que essas nações não pagam pelos estudos. Além disso, destacou que a instituição recebe bilhões em financiamento, mas não seria transparente sobre o tema.
O governo congelou US$ 2,2 bilhões em verbas destinadas a Harvard e revogou uma autorização que permitia a presença de estudantes estrangeiros no campus. As medidas foram justificadas pela alegação de que a universidade não combateu adequadamente o antissemitismo e se recusou a fornecer dados sobre os alunos internacionais. Harvard, por sua vez, afirmou ter atendido às solicitações de informação e reforçado medidas contra discriminação, mas resistiu a mudanças que poderiam comprometer sua independência acadêmica.
A disputa judicial resultou em uma liminar temporária que permitiu a continuidade dos estudos de alunos estrangeiros. A universidade também processou o governo pelo bloqueio de verbas, defendendo que atuou dentro da lei e que as exigências do Executivo interfeririam em sua autonomia. O caso reflete tensões entre políticas governamentais e liberdade institucional no ambiente acadêmico.