O presidente do Corinthians fez um pronunciamento surpreendente antes da votação de seu impeachment, reconhecendo que não conseguiria evitar o afastamento pelo Conselho Deliberativo do clube. Em tom que lembrava uma renúncia, ele deixou claro que não estava saindo por vontade própria, mas sim por admitir a impossibilidade de reverter a situação. “Não é uma renúncia. Vou brigar para continuar”, afirmou, destacando que deixava o clube com salários em dia e contratos importantes firmados, como o de fornecimento de material esportivo com a Adidas.
Durante o discurso, o mandatário enumerou conquistas de sua gestão, incluindo a regularização financeira e projetos de longo prazo, afirmando que cumpriu suas promessas. “Saio daqui com mais de R$ 3 bilhões em arrecadação”, disse, esperando que a próxima administração mantenha o equilíbrio alcançado. Apesar das tentativas judiciais para impedir a reunião, as ações foram indeferidas, e a votação seguiu conforme planejado.
Com a confirmação do afastamento, o próximo passo será a convocação de uma assembleia-geral em até 60 dias, onde os sócios decidirão o futuro do clube. O primeiro vice-presidente, eleito na mesma chapa, assumirá interinamente. O processo, que começou em janeiro após uma reunião conturbada, deve ainda se estender no Judiciário, mas a decisão do Conselho Deliberativo já marca um novo capítulo na história do Corinthians.