O presidente do Corinthians fez um pronunciamento surpresa antes da votação de seu impeachment, reconhecendo que não terá chances de evitar o afastamento pelo Conselho Deliberativo do clube. Em tom que misturava resignação e determinação, ele afirmou que não estava renunciando, mas sim admitindo a impossibilidade de reverter a situação. Destacou conquistas de sua gestão, como salários em dia e contratos milionários, e deixou claro que continuará lutando pelo clube nos próximos 60 dias, até a assembleia geral.
A votação, que começou em janeiro em meio a tumultos, deve resultar em seu afastamento imediato, com o 1º vice-presidente assumindo interinamente. O presidente do Conselho Deliberativo terá até cinco dias para marcar a assembleia com os sócios, que deve ocorrer entre 30 e 60 dias. Enquanto isso, ações judiciais tentaram impedir a reunião, mas foram indeferidas, e a disputa ainda pode se estender nos tribunais.
Em seu discurso, o mandatário enfatizou que deixa o cargo “de cabeça erguida”, citando a regularização financeira do clube e o planejamento de longo prazo. Ele expressou esperança de que a próxima administração mantenha o equilíbrio alcançado e cobrou responsabilidade do Conselho Fiscal. Apesar da derrota política, sua fala reforçou um legado de promessas cumpridas, enquanto o Corinthians se prepara para uma nova fase.