O presidente do Corinthians protocolou um pedido de habeas corpus para tentar anular seu indiciamento por lavagem de dinheiro, furto qualificado e associação criminosa. A defesa argumenta que as provas do inquérito não sustentam a prática de crimes e pede o arquivamento do caso. O pedido foi registrado por advogados no Foro Criminal da Barra Funda, em São Paulo, após a Polícia Civil concluir que uma intermediária do contrato com a antiga patrocinadora Vai de Bet teria repassado valores a uma empresa suspeita de ligação com o crime organizado.
O caso remonta a agosto de 2024, quando irregularidades no contrato de R$ 360 milhões com a Vai de Bet levaram a um pedido de impeachment contra o dirigente. Investigações apontaram que parte da comissão paga à intermediária foi transferida para uma empresa laranja, com indícios de lavagem de dinheiro. O Conselho Deliberativo do clube aprovou a admissibilidade do processo de destituição em janeiro, após sessões conturbadas e tentativas judiciais de barrar a votação.
A defesa nega qualquer envolvimento do presidente nas irregularidades, afirmando que ele apenas encaminhou a proposta aos setores competentes e assinou o contrato, aprovado por todas as áreas do clube. Além deste caso, o dirigente enfrenta outros três pedidos de afastamento, relacionados a questões financeiras do Corinthians, como a reprovação das contas de 2024 e o aumento do passivo. O inquérito continua em andamento, enquanto a Justiça analisa o habeas corpus.