O presidente do Corinthians, Augusto Melo, declarou em coletiva de imprensa que não pretende renunciar ao cargo, mesmo após ser indiciado por lavagem de dinheiro, associação criminosa e furto qualificado no caso envolvendo o patrocínio da Vai de Bet. Ele afirmou que leva uma vida “transparente e honesta” e que a Justiça deve resolver o caso. A defesa questionou o timing do relatório da polícia, divulgado três dias antes da votação de impeachment marcada para segunda-feira, 26 de maio, sugerindo possível interesse político.
O inquérito aponta que valores do contrato com a Vai de Bet foram desviados para empresas fantasmas, incluindo uma ligada ao PCC, sem que o presidente tivesse conhecimento direto, segundo sua defesa. O advogado de Melo destacou falhas no processo, como a não oitiva de testemunhas-chave e a ausência de provas diretas contra o presidente. Além disso, criticou a inclusão de supostos intermediários no relatório, cujas versões são conflitantes.
A votação de impeachment, suspensa em janeiro por questões de segurança, será retomada na próxima semana, enquanto dois processos judiciais sobre o caso seguem em tramitação. A defesa não pretende entrar com novas ações, mas alertou para possíveis abusos durante a reunião. O caso continua a gerar repercussão, com o clube sob pressão para esclarecer o destino dos recursos e garantir transparência na gestão.