O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, em pronunciamento no Dia do Trabalhador, seu apoio ao fim da escala de trabalho 6×1. Centrais sindicais e movimentos sociais, como a CUT e o MST, passaram a discutir a possibilidade de um plebiscito popular sobre o tema, em reunião com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Apesar do entusiasmo, a realização da consulta ainda é considerada distante, com o governo destacando que propostas sobre o assunto já tramitam no Congresso.
No Legislativo, porém, a pauta enfrenta resistência. Uma PEC que acaba com a jornada 6×1, apresentada em fevereiro, sequer foi analisada pela CCJ da Câmara, enquanto outras propostas similares foram arquivadas nos últimos anos. Parlamentares da base e da oposição expressam preocupação com os impactos econômicos da medida, e o presidente da Câmara sinalizou que a discussão precisa ser mais equilibrada.
A mobilização é liderada por frentes como Brasil Popular e Povo Sem Medo, que também incluem no plebiscito propostas como isenção de IR para salários de até R$ 5 mil e taxação de altas rendas. O movimento busca pressionar por avanços, mas, por enquanto, o diálogo com o governo e o Congresso segue como principal caminho.