O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em evento nesta segunda-feira (19), que é lamentável o mundo ter gasto mais de US$ 2,4 trilhões em armamentos e conflitos no ano passado, enquanto não houve investimento proporcional no combate à fome. Ele destacou a necessidade de ensinar populações a cultivar alimentos, em vez de destinar recursos a guerras. As declarações foram feitas durante a abertura do II Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar, Combate à Fome e Desenvolvimento Rural, que reúne delegações africanas em Brasília até quinta-feira (22).
Lula ressaltou a dívida histórica do Brasil com o continente africano, mencionando os 350 anos de escravidão e a influência africana na cultura, arte e identidade brasileira. Segundo ele, o país não pode compensar financeiramente esse passado, mas pode retribuir com solidariedade e transferência de tecnologia. O evento reflete a prioridade da política externa brasileira em fortalecer laços com nações africanas, baseando-se em cooperação mútua e respeito.
O encontro conta com a participação de ministros da Agricultura, representantes de organizações internacionais, bancos de desenvolvimento e instituições de pesquisa, além de entidades do setor privado. O governo federal enfatizou que a iniciativa busca promover segurança alimentar e desenvolvimento rural, alinhando-se aos valores compartilhados entre Brasil e África. A programação inclui discussões sobre inovação agrícola e combate à fome, reforçando o compromisso com parcerias sustentáveis.