O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá nesta sexta-feira, 2, com o ministro da Previdência Social, em meio ao desgaste causado pelas investigações de fraude no INSS. A permanência do ministro no cargo é um dos pontos centrais da discussão, já que sua possível saída pode levar o PDT a deixar a base de apoio do governo. O partido demonstrou insatisfação com o tratamento dado ao ministro, criticando a condução da crise pelo governo.
A operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União, revelou um esquema de desvios bilionários em benefícios de aposentados e pensionistas, com valores que podem chegar a R$ 8 bilhões desde 2016. Em resposta, o governo nomeou um novo presidente para o INSS e determinou o aprofundamento das investigações. A medida foi tomada sem consulta ao ministro, aumentando as tensões políticas.
A situação expõe fragilidades na gestão da crise, com divergências dentro da base aliada. Enquanto alguns defendem a permanência do ministro, outros sinalizam que sua saída pode ser inevitável dependendo do avanço das apurações. O desfecho da reunião poderá definir os rumos da relação entre o governo e o PDT, com impactos diretos na estabilidade política.