O presidente dos Estados Unidos assinou uma ordem executiva para congelar o financiamento destinado às emissoras PBS e NPR, conforme comunicado da Casa Branca. A medida determina que a Corporação de Radiodifusão Pública (CPB) interrompa o repasse direto de recursos às duas organizações, classificadas como “tendenciosas e partidárias”. A ordem também instrui o conselho da CPB a cancelar subsídios existentes e recusar futuros financiamentos, dentro dos limites legais.
As emissoras alertaram que a redução de recursos comprometeria serviços públicos essenciais, afetando milhões de cidadãos que dependem delas para informações locais e nacionais, especialmente em emergências. Durante o governo em questão, outras instituições, como universidades e veículos de mídia, também foram acusadas de alinhamento ideológico, gerando preocupação entre organizações de direitos humanos sobre possíveis violações à liberdade de expressão.
Segundo a ordem, a NPR e a PBS teriam promovido “partidarismo e propaganda de esquerda” com dinheiro público, o que foi considerado “impróprio”. No entanto, dados indicam que apenas 1% do orçamento anual da NPR vem de subsídios federais diretos, enquanto a CPB destina a maior parte de seus US$ 535 milhões a emissoras públicas. O debate reflete tensões sobre o papel do financiamento governamental na mídia e seus impactos na independência jornalística.