O presidente dos Estados Unidos anunciou a imposição de tarifas de 100% sobre filmes produzidos no exterior, alegando que a indústria cinematográfica americana está sendo prejudicada pela migração de cineastas e estúdios para outros países. Em publicação na plataforma Truth Social, ele afirmou que Hollywood está “morrendo rapidamente” devido a incentivos fiscais oferecidos por nações estrangeiras, que atraem produções para fora dos EUA. O Departamento de Comércio foi autorizado a iniciar o processo, mas detalhes sobre a aplicação das medidas ainda não foram divulgados.
A medida representa mais um passo na política comercial agressiva adotada pelo governo americano, que já enfrenta críticas por tarifas impostas a diversos países. A China, principal alvo dessas ações, havia reduzido o número de filmes americanos exibidos em seu território como resposta a tarifas anteriores. O mercado chinês é crucial para Hollywood, sendo o segundo maior do mundo, e uma restrição maior poderia impactar significativamente a receita dos estúdios.
A indústria cinematográfica americana, que gerou US$ 279 bilhões em 2022, ainda enfrenta desafios após as greves em Hollywood e a pandemia, que reduziram a frequência aos cinemas. Pesquisas indicam que os principais locais de produção para os próximos anos estão fora dos EUA, como Toronto e Grã-Bretanha, devido a incentivos fiscais mais atraentes. A Califórnia, tradicional centro do cinema, aparece apenas em sexto lugar na preferência dos executivos.