O governo dos Estados Unidos está considerando cortar subsídios e contratos federais com uma das universidades mais prestigiadas do país, em meio a uma disputa judicial e acusações de antissemitismo. Segundo documentos obtidos pelo The New York Times, uma carta da Administração de Serviços Gerais da Casa Branca pede que agências federais identifiquem e encerrem contratos com a instituição, que somam cerca de US$ 100 milhões. A medida inclui prazos para cancelamentos e a transferência de serviços críticos para outros fornecedores.
O conflito se intensificou após declarações recentes do presidente, que ameaçou redirecionar US$ 3 bilhões em subsídios para escolas técnicas, acusando a universidade de promover discursos antissemitas. Além disso, a disputa envolve uma proibição controversa a estudantes estrangeiros, derrubada pela Justiça na semana passada. A universidade argumenta que a medida afetaria cerca de 7.000 alunos e violaria leis federais, incluindo a Primeira Emenda da Constituição.
Desde abril, a instituição tem resistido a pressões do governo, incluindo a suspensão de repasses para pesquisas e ameaças ao seu status de isenção fiscal. O caso chegou aos tribunais, com audiências marcadas para esta semana em Boston. Enquanto isso, a universidade mantém sua defesa, afirmando que estudantes internacionais são essenciais para sua missão acadêmica. O desfecho do embate pode ter repercussões significativas para o financiamento e a política de imigração educacional no país.