A prefeitura de São Paulo afastou 25 diretores de escolas municipais devido ao desempenho insatisfatório no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e no Índice de Desenvolvimento da Educação Paulistana (Idep) em 2023. Os profissionais, que atuam há pelo menos quatro anos em unidades prioritárias, passarão por um programa de requalificação intensiva até dezembro, com foco em gestão pedagógica e vivência em outras escolas. A administração municipal afirmou que as unidades afetadas receberão um reforço em suas equipes gestoras e que os salários dos diretores serão mantidos durante o processo.
A medida foi criticada por vereadores e sindicatos, que a consideram uma intervenção autoritária. Um parlamentar destacou a falta de clareza sobre os critérios do afastamento, enquanto sindicatos como o Sinesp, Sedin e Sinpeem se opuseram à decisão, classificando-a como punitiva e antidemocrática. Eles também contestaram a lei 18.221/2024, aprovada recentemente, que permite o afastamento de diretores e a designação de interventores.
A prefeitura defendeu a ação como necessária para melhorar a qualidade da educação, mas a polêmica persiste, com sindicatos prometendo ações jurídicas e mobilizações em defesa dos profissionais e da gestão democrática das escolas. O debate reflete tensões mais amplas sobre políticas educacionais e autonomia escolar na rede pública municipal.