Os prefeitos das sete cidades do Grande ABC (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) assinaram um convênio para permitir que as Guardas Civis Municipais (GCMs) atuem livremente nos territórios vizinhos. A medida visa facilitar operações conjuntas, especialmente em áreas de divisa, e agilizar perseguições a criminosos que cruzem os limites municipais. Cinco desses municípios fazem fronteira com a capital paulista, mas São Paulo, embora membro associado do consórcio, não participa do acordo financeiramente.
O acordo está previsto no Estatuto das Guardas Municipais e exige que cada cidade destine 0,25% de seu orçamento líquido ao consórcio. No entanto, a integração enfrenta desafios tecnológicos, como a incompatibilidade dos sistemas de rádio entre as viaturas das diferentes cidades, o que dificulta a comunicação durante operações. Autoridades estão trabalhando para resolver essas questões, mas ainda não há prazo para a conclusão da integração total.
A iniciativa reflete uma tendência de ampliação das atribuições das GCMs, recentemente autorizadas pelo STF a realizar policiamento ostensivo. Especialistas destacam que a cooperação entre municípios é essencial em regiões com divisas fluidas, como o ABC, onde a dinâmica urbana muitas vezes ignora limites administrativos. Um modelo similar já é adotado no Alto Tietê, com resultados positivos em operações conjuntas com a Polícia Militar.