O prefeito de Taquarivaí (SP) foi condenado a cinco anos e oito meses de prisão em regime semiaberto, além de multa e perda do mandato, por inserir dados falsos no sistema de vacinação durante a pandemia de Covid-19. A decisão judicial, divulgada nesta quinta-feira (15), baseou-se em investigações que apontaram que ele recebeu duas doses da vacina em 2021, fora do grupo prioritário, e determinou a alteração de registros para ocultar as datas reais de imunização. O caso foi inicialmente apurado por uma comissão municipal e posteriormente pelo Ministério Público, que identificou indícios de fraude.
A defesa do prefeito informou que recorrerá da decisão, alegando que ainda não houve trânsito em julgado e que a condenação por inserção de dados falsos é contestada. Além disso, destacou que a perda do mandato só ocorrerá após o esgotamento de todos os recursos, conforme jurisprudência do STF. A prefeitura afirmou que não foi oficialmente notificada e que cumprirá as determinações judiciais assim que forem comunicadas.
O caso levantou questões sobre o cumprimento das regras de prioridade na vacinação, especialmente durante o auge da pandemia, quando doses eram escassas. A investigação revelou que informações incorretas foram registradas no sistema Vaci-Vida, sugerindo que o prefeito teria sido vacinado meses depois do que realmente ocorreu. O julgamento reforça a importância da transparência na administração pública, especialmente em situações de emergência sanitária.