As eleições legislativas em Portugal, marcadas para este domingo (18), devem definir um cenário político fragmentado, com a Aliança Democrática (AD), de centro-direita, liderando as pesquisas. O partido, que governa atualmente sob o comando do primeiro-ministro Luís Montenegro, tem cerca de 34% das intenções de voto, seguido pelo Partido Socialista (PS), de esquerda, com 26%, e pelo Chega, de extrema-direita, com 19%. No entanto, nenhuma legenda deve alcançar maioria absoluta na Assembleia da República, o que exigirá a formação de alianças para governar.
O PS, principal força de oposição, busca retomar o poder após a renúncia do ex-premiê António Costa em 2023, mas enfrenta desafios para superar a vantagem da AD. Enquanto isso, o Chega, partido antiestablishment, mantém sua relevância com um discurso contra a imigração e a corrupção, embora seu crescimento pareça estagnado. Outros partidos, como a Iniciativa Liberal e o Livre, podem desempenhar papéis menores na formação de uma eventual coalizão.
Esta será a terceira eleição em pouco mais de três anos, refletindo a instabilidade política recente no país. O sistema semipresidencialista português exige que o partido vencedor negocie apoio para aprovar projetos, tornando as alianças pós-eleição cruciais. O resultado definirá não apenas o próximo governo, mas também o rumo de políticas como imigração, habitação e economia, temas centrais na campanha.