Portugal enfrenta sua terceira eleição legislativa em três anos, marcada para o próximo domingo (18/5), após a queda do governo liderado por uma coalizão de centro-direita. A crise política foi desencadeada por acusações de conflito de interesses envolvendo uma empresa de consultoria ligada ao primeiro-ministro, que acabou renunciando após a rejeição de uma moção de confiança. O cenário reflete um período de instabilidade no país, acostumado a governos estáveis, mas que agora vive uma sequência de mandatos interrompidos por escândalos e disputas parlamentares.
Text: As pesquisas indicam vantagem para a coalizão de centro-direita, embora a margem seja estreita frente ao Partido Socialista. Enquanto isso, o partido de direita radical mantém cerca de 18% das intenções de voto, influenciando o discurso governamental em temas como imigração e segurança. A estratégia do governo parece ser a de absorver parte da agenda radical para atrair eleitores, embora especialistas alertem que isso pode, paradoxalmente, fortalecer a extrema-direita.
Text: O pleito ocorre em meio a debates sobre imigração, com o governo anunciando a expulsão de milhares de estrangeiros que não cumpriram requisitos legais. Apesar dos escândalos recentes, a polarização e a fadiga eleitoral podem definir o resultado. Independentemente do vencedor, Portugal deve continuar com um governo minoritário, dependente de negociações para garantir governabilidade em um cenário político cada vez mais fragmentado.