Portugal realiza neste domingo (18.mai.2025) sua segunda eleição legislativa em pouco mais de um ano, com pesquisas apontando para a vitória da centro-direita governista, enquanto os socialistas aparecem em segundo lugar. O partido Chega, representante da direita, deve manter-se como terceira força no Parlamento, após uma ascensão rápida desde sua fundação em 2019. No entanto, as últimas pesquisas sugerem que o partido pode ter atingido seu teto eleitoral, com cerca de 17% das intenções de voto, sem conseguir ampliar sua base significativamente.
A trajetória do Chega reflete um fenômeno observado em outros partidos de direita na Europa, como a AfD na Alemanha e o Vox na Espanha, que enfrentam isolamento político e dificuldades para formar coalizões. Enquanto o partido português tem uma base fiel, principalmente entre homens e jovens, sua capacidade de atrair eleitores da centro-direita é limitada. O atual primeiro-ministro já descartou alianças com o Chega, mantendo-o à margem do poder.
As propostas do Chega seguem a linha da direita europeia, com foco em imigração, valores tradicionais e oposição à “cultura woke”. No entanto, sua influência pode ser restrita pelo cenário político atual, que privilegia negociações com partidos mais moderados. O resultado das eleições definirá não apenas o futuro do governo, mas também o papel da nova direita em Portugal e sua relação com as tendências continentais.