Os portos de Los Angeles e Long Beach, principais portas de entrada para produtos asiáticos nos EUA, registram uma queda significativa no movimento de cargas. Segundo Gene Seroka, diretor do porto de Los Angeles, a movimentação diminuiu drasticamente, com previsão de redução de até 35% nesta semana em comparação ao mesmo período do ano passado. O fenômeno é atribuído às tarifas impostas pelo governo americano e às retaliações de outros países, que desencorajaram importadores de setores como móveis, brinquedos e roupas.
A crise comercial afetou especialmente as importações da China, que responde por mais de US$ 500 bilhões em vendas aos EUA. Com tarifas de até 145% sobre alguns produtos chineses, os preços aos consumidores devem subir, enquanto importadores reduzem encomendas. Dezenas de navios cancelaram viagens para os dois portos, e empresas americanas, que antes corriam para estocar mercadorias antes das tarifas, agora evitam novas compras para esvaziar estoques.
O impacto não se limita à Costa Oeste, afetando portos em todo o país, incluindo os do Golfo do México. Mario Cordero, diretor do porto de Long Beach, alerta que a desaceleração é generalizada e reflete as incertezas da guerra comercial. A situação ilustra como as tensões comerciais estão reverberando na economia real, com potencial para afetar milhões de consumidores e empresas nos EUA.