Os portos de Los Angeles e Long Beach, principais portas de entrada para produtos asiáticos nos EUA, registram uma queda significativa no movimento de cargas. Segundo autoridades portuárias, a redução chega a 35% em Los Angeles e 30% em Long Beach em comparação com o mesmo período do ano passado. O fenômeno é atribuído às tarifas impostas pelo governo americano em meio à guerra comercial com a China, que desencorajaram importadores e levaram ao cancelamento de dezenas de rotas marítimas.
As tarifas, que atingem principalmente produtos chineses, como móveis, brinquedos e roupas, elevaram os custos de importação em até 145% para alguns itens. Isso fez com que varejistas e fabricantes reduzissem ou interrompessem suas encomendas, gerando um acúmulo de estoques e uma desaceleração no comércio. O diretor do porto de Los Angeles destacou que o preço de produtos fabricados na China já dobrou em relação ao mês anterior, pressionando ainda mais a cadeia de suprimentos.
A situação não se limita à Costa Oeste, afetando portos em todo o país, incluindo os do Golfo do México. Embora no início do ano as empresas tenham acelerado importações para antecipar-se às tarifas, a expectativa é que o volume de compras diminua ainda mais conforme os novos impostos entrem em vigor. A desaceleração econômica e a incerteza comercial são apontadas como riscos para milhões de americanos, com impactos que podem se estender além dos portos.