Uma das maiores vinícolas do Azerbaijão está produzindo mais de meio milhão de garrafas de vinho de romã anualmente, revivendo uma tradição antiga que foi interrompida durante o regime soviético. A bebida, feita a partir de romãs ricas em antocianina, segue um processo semelhante ao do vinho de uva, mas com técnicas específicas, como a remoção cuidadosa das sementes para evitar o sabor adstringente. A fermentação dura cerca de 10 dias, e o produto final é armazenado em tonéis por seis a sete meses, preservando o aroma frutado.
A produção envolve principalmente mulheres, que selecionam manualmente as melhores frutas. O vinho de romã tem ganhado popularidade, especialmente entre o público jovem, sendo visto como uma opção chique e divertida. Mercados como Rússia e China estão sendo explorados para expandir as vendas. A bebida, no entanto, divide opiniões: alguns a consideram uma novidade saborosa, enquanto outros questionam se pode ser classificada como vinho.
O repórter que experimentou a bebida destacou seu aroma e cor distintos, além do sabor marcante e complexo, com taninos que remetem à aspereza da romã. Apesar da polêmica, o vinho de romã é visto como uma opção refrescante para dias de verão, consolidando-se como uma alternativa peculiar no mundo dos vinhos.