A Academia Brasileira de Letras (ABL) elegeu, nesta quinta-feira (22), o poeta, tradutor e professor Paulo Henriques Britto para ocupar a cadeira número 30, anteriormente pertencente à escritora Heloísa Teixeira, falecida em março de 2025. Com 22 votos entre 33 acadêmicos presentes, Britto foi escolhido entre seis candidatos para integrar a instituição, que tem como missão promover a língua portuguesa e a literatura nacional. O presidente da ABL, Merval Pereira, destacou que o novo imortal contribuirá para ampliar a representatividade da Academia, especialmente na relação entre poesia, dramaturgia e cultura brasileira.
Paulo Henriques Britto, conhecido por obras como o premiado “Macau”, possui uma trajetória marcada por 14 livros publicados, além de traduções de clássicos da literatura anglófona. Sua poesia explora temas como os limites da linguagem e o papel da literatura no cotidiano, combinando crítica filosófica e ironia refinada. Em declaração após a eleição, Britto mencionou seu compromisso com a formação literária, citando um aluno que, após seu curso, preferiu cinco poemas bem trabalhados a três livros prontos para publicação.
A eleição reforça o papel da ABL como espaço de reconhecimento literário, seguindo a tradição de imortais que buscam preservar e renovar a cultura brasileira. A cadeira número 30, agora ocupada por Britto, foi deixada por Heloísa Teixeira, que legou à Academia o projeto “Machado Quebradeiro”, voltado para escritores periféricos. A escolha do novo membro reflete a diversidade de vozes e estilos que compõem o cenário literário nacional.