As Forças Armadas de Israel anunciaram planos de capturar 75% do território da Faixa de Gaza nos próximos dois meses, concentrando a população palestina, estimada em 2,3 milhões de pessoas, em apenas 25% da área. A medida ocorre em uma das regiões mais densamente povoadas do mundo, agravando a crise humanitária. Paralelamente, Israel e Estados Unidos devem iniciar uma operação para distribuir ajuda humanitária, com três centros no sul e um na região central de Gaza, onde agentes de segurança americanos supervisionarão a entrega de alimentos.
A ONU criticou a iniciativa, recusando-se a participar por considerar que obrigar civis a se deslocarem em zonas de conflito viola princípios de neutralidade. Desde a última semana, cerca de 300 caminhões com ajuda entraram em Gaza, mas o volume ainda está abaixo do necessário, comparado aos 500 diários antes do conflito. Enquanto isso, bombardeios continuam a causar vítimas, com 30 mortes registradas em ataques recentes, incluindo civis e profissionais locais.
O conflito também se intensificou na Cisjordânia, com ações militares expandidas em áreas ocupadas. Desde o início da guerra, quase 54 mil palestinos já morreram, segundo autoridades locais. A situação humanitária permanece crítica, com escassez de alimentos, medicamentos e combustível, enquanto os esforços internacionais tentam mitigar os impactos sem resolver as causas do conflito.