O governo federal está prestes a anunciar a Nova Política de Data Centers, com o objetivo de posicionar o Brasil como um hub mundial para armazenamento e processamento de dados. A iniciativa visa atrair investimentos, fortalecer a soberania digital e impulsionar a cadeia produtiva de tecnologia, com medidas como isenções fiscais para equipamentos não produzidos no país. Autoridades destacam vantagens competitivas, como a matriz energética limpa e a localização geográfica estratégica, para consolidar o país como destino preferencial de empresas do setor.
No entanto, ambientalistas alertam para os impactos ecológicos dessas instalações, especialmente pelo alto consumo de energia e água. Enquanto o governo promete aliar desenvolvimento digital à sustentabilidade, críticos questionam a viabilidade ambiental dos data centers, que hoje são considerados pouco sustentáveis globalmente. O Ministério do Meio Ambiente afirmou que participará da regulamentação da política para definir critérios ambientais.
A proposta também busca reduzir a dependência de serviços digitais estrangeiros, que geram um déficit anual de até R$ 8 bilhões na balança comercial. Além disso, a política pretende fomentar a indústria 4.0 e a inteligência artificial, integrando data centers a setores estratégicos. A medida, coordenada por múltiplas pastas e o BNDES, reflete uma aposta do Executivo no potencial econômico e tecnológico do setor, embora os desafios ambientais permaneçam em debate.